O triunfo sobre o Fortaleza, no último sábado, 21 de outubro, na Arena Fonte Nova, teve um gostinho especial para um grupo de 15 pequenos tricolores de 11 e 12 anos que foram a um estádio de futebol pela primeira vez. A ação, chamada “Vou ver o meu amor: Bahêa”, foi promovida pela Embaixada Tricolor Bora Bahia Minha Bênção, de Feira de Santana, em parceria com a Escola Municipal Doutor Clóvis Ramos Lima.
Para participar, as crianças, de famílias de baixa renda inscritas em programas sociais do governo federal, tiveram que escrever, individualmente, uma carta contando por que gostariam de conhecer a Fonte. Após isso, 15 delas foram selecionadas e, acompanhadas de seus respectivos responsáveis, puderam curtir a experiência, que teve as participações dos mascotes e das Tricolíderes, além de distribuição de kits de lanches e brindes, com o apoio do Bahia SAF.
Uma das contempladas, Giulia Rafaela, 11, não poupou palavras ao ter falado sobre seu sonho. “Eu coloquei na carta tudo o que eu sentia, pela conexão com o time, e as glórias dele”, conta. “Eu não imaginava que seria tudo isso aqui”, revela, encantada, a menina. “Agradeço muito a todo mundo que me ajudou a estar aqui, como a professora de redação da escola, Arlete, e a Embaixada.”
A visita à Arena também foi a estreia da mãe de Giulia, a cabeleireira Tamires Araújo, 34. “Quando ela recebeu o informativo de que viria visitar o estádio, já foi emocionante”, relembra. “Não tenho palavras para descrever o que é estar aqui, agora.” Otimista e pé-quente, assim como sua filha, Tamires até acertou o placar do jogo, 2 a 0.
Trabalhando com sonhos — Essa foi a terceira vez que a Embaixada Tricolor de Feira de Santana promoveu a visita de pessoas em vulnerabilidade social à Fonte Nova — e a segunda voltada exclusivamente a crianças. “Em 2019, a gente resolveu trabalhar com sonhos e trouxe 30 adultos em vulnerabilidade social que nunca tinham podido vir a um estádio”, afirma o diretor Eduardo Brito.
Com a pandemia, a ação teve que ser suspensa e foi retomada no ano passado. “Quando a gente retornou, trouxe, pela primeira vez, crianças, e foi um resultado muito positivo”, avalia Eduardo, que vê em campanhas sociais como essa uma forma de representar o Clube.