Setembro Amarelo: Bahia — Associação promove noite de conversa sobre saúde mental com atletas e colaboradores

A gente nunca joga sozinho. Essa foi a mensagem passada pelo Esporte Clube Bahia — Associação a seus atletas, comissão técnica e colaboradores na última quarta (17), durante uma noite de conversa sobre saúde mental. O evento foi realizado na sede tricolor, na avenida Tancredo Neves, e faz parte de um conjunto de ações impulsionado pela campanha Setembro Amarelo, voltada à valorização da vida.

Com uma abordagem leve e adaptada ao contexto esportivo, o psicólogo Rafael Ramos, responsável pela condução do bate-papo, desmistificou tabus e trouxe informações acerca do tema, além de ter promovido atividades interativas com o grupo. Especialista em Psicologia do Esporte e em Análise do Comportamento, ele destacou que “cuidar da vida é o primeiro passo”. “Falar sobre Setembro Amarelo não é só sobre suicídio; é, também, falar sobre saúde mental”, diz Rafael. “No caso de atletas de alto rendimento, é entender de que forma isso pode ser benéfico a seu desempenho esportivo”, complementa.

O encontro, que teve a presença de toda a Diretoria tricolor, reflete o olhar atento do Bahia — Associação às questões que transcendem as quadras e pistas. Além disso, foi uma oportunidade de integrar as diferentes modalidades do Esquadrão. “Ao longo de quase 30 anos como atleta, eu nunca tive um espaço para falar sobre saúde mental”, compartilha o Presidente Emerson Ferretti. “Então, ficamos muito felizes por realizar esse evento e mostrar a nossos atletas que eles não estão sozinhos: eles têm um clube que se preocupa e cuida deles”, conclui.

Acompanhamento contínuo
A iniciativa envolveu ainda um questionário sobre tópicos como humor, autoconfiança e relacionamento, respondido em anonimato pelos atletas, que, a partir de agora, passam a receber acompanhamento psicológico contínuo. Para o jogador de basquete Luiz Cruz, de 22 anos, o primeiro contato já foi positivo. “Nós, como atletas, somos muito cobrados para ter um alto rendimento, que exige os aspectos físico, técnico, tático e, também, o mental”, conta o jovem. “A maior lição da noite foi entender como é que a gente consegue conciliar esses quatro pilares com nossa vida pessoal.”

Se precisar, procure ajuda
O Esquadrão — que, embora seja de Aço, também não joga sozinho — aproveita a ocasião para reforçar a divulgação do telefone 188, disponível durante 24 horas, e do site cvv.org.br, canais de atendimento do Centro de Valorização da Vida (CVV). O serviço é gratuito e sigiloso.

 

Foto: Bernardo Fontes/Nós Produzimos